“Estamos em uma fase de monitoramento da solução instalada. Os próximos passos são realmente acompanhar o desempenho dos painéis, monitorar a geração de energia. Ressaltamos que esta tecnologia abre a possibilidade de geração de energia em locais ainda não pensados para essa aplicação. Especialmente quando o design, leveza e transparência são fatores importantes. O OPV fomenta o mercado de geração distribuída que está crescendo”, declarou a gerente de novos negócios do CSEM Brasil, Fabiana Drumond (foto).

Recentemente, os primeiros modelos do sistema foram instalados no topo do prédio da AES Tietê, na cidade de São Paulo, e passam agora por uma fase de testes. A ideia dos desenvolvedores da tecnologia é utilizar a energia gerada em aplicações como alimentar diretamente sensores de vagas, fornecer iluminação ou mesmo carregar veículos elétricos. Outra possibilidade no horizonte é interligar a estrutura com a rede elétrica e, assim, encaminhar energia que poderá ser abatida no valor final da conta mensal dos utilizadores do sistema.

A tecnologia das células fotovoltaicas orgânicas é composta, como o nome sugere, por materiais orgânicos, não-tóxicos e abundantes na natureza. De acordo com a CSEM Brasil, o processo produtivo do sistema possui a mais baixa demanda energética dentre todas alternativas existentes e a mais baixa pegada de carbono – entre 10 e 20 vezes menor que as tecnologias solares tradicionais. Nas contas do centro de pesquisa, cada Carport (estruturas onde são instaladas as células) com 60 m² de OPV pode contribuir para uma redução de 3.600 kg de CO2 lançados na atmosfera todos os anos.

A parceria entre o CSEM e o grupo AES surgiu a partir da busca por soluções e aplicações alinhadas à geração de energia limpa e à geração distribuída de energia. O objetivo do centro é se inserir como pioneiro na tecnologia de Carport utilizando painéis fotovoltaicos orgânicos.

fonte: https://petronoticias.com.br/archives/133188